"Uma mascara só encobre um rosto até que alguém aventure-se a arrancá-la."

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fissura.

Estou passando uns dias na casa dos meus pais. Estou gostando, matando as saudades, mas a fissura está me corroendo!
Acho que, novamente, estou ficando viciado...
Mal vejo a hora de chegar em casa, comprar pó, e cheirar a noite inteira!
Pode ser sozinho, pois meus amigos não querem mais. Pode ser acompanhado, pois vou tentar convencê-los.
Só se que, quando voltar, a primeira coisa farei será comprar vinte reais em pó e, na hora, mandar tudo!
Pensei até mesmo em injetar mas, no momento, não tenho mais coragem de fazer isso.
Sei que deve ser completamente desagradável ler um post falando sobre fissura, mas é impossível não escrever sobre isso quando não consigo pensar em outra coisa.
Outro dia escrevo mais, contando sobre os diversos problemas com drogas que tive. Contarei por fazerem parte da minha história, e explicarem um pouco o que sou hoje. Mas hoje não conseguirei escrever muito. A fissura me corrói.
Me desculpem.
V.M.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Só pra complementar.

Eu disse que seria grande.
V.M.

Uma (efêmera) história de amor.

Olá a todos!
Hoje vou escrever um post imenso, falando sobre M., a garota da postagem anterior e, particularmente, uma das pessoas mais fascinantes que já conheci!
O primiero contato que tive, foi com seu pai, em abril de 2006. Nos conhecemos em uma viagem de ônibus e ele me achou interessante para sua filha. Me passou o msn da garota e eu guardei na memória. Depois de um tempo, o esqueci.
Muito tempo depois, em janeiro de 2007, ele me voltou à mente e eu a adicionei. A melhor coisa que poderia ter feito.
Me apaixonei por ela imediatamente. E ela por mim. Na verdade, M. era uma aventureira, mas eu não sabia nem me importava.
A conheci pessoalmente dia 11 de fevereiro de 2007 e a achei linda! E que presença! M. me envolveu completamente.
Nos beijamos naquela tarde, e eu terminei de me apaixonar. Ela era um moleque. Sua alegria me contagiava.
Tinha parado de fumar mas, naquele dia, voltei.
Tomei muito vinho e nunca achei tão bom! Desde então, sou apaixonada por vinho seco.
Ainda descobri que ela também gostava de pó. Era perfeito!
Combinamos de cheirarmos juntas na semana seguinte, mas ela não apareceu.
Estava completamnete desiludida, quando ela me ligou no meio da semana. Queria me ver. Nos vimos e foi maravilhoso!
Criamos laços maravilhosos e então, em abril, ela foi dormir em casa. Acho que foi um dos melhores dias da minha vida, apesar de ter tomado um porre enorme. Secamos hjuntas a garrafa de "Baianinha".
Agora nos falávamos todos os dias, e eu estava louca por ela. Descobri que ela tinha outra namorada, mais séria que eu. Desabei por dentro, mas fingi não me importar. Bastava ter M. por perto.
Ela prometeu que, da segunda vez que fosse em casa, levaria pó puríssimo. Vendi dois DVDs para conseguir o dinheiro. Eu estava há um mês sem cheirar, mas não podia negar pó puro.
Ao invés do pó, M. levou lança-perfume, e eu fiquei sem cheirar pó por mais três anos! Larguei o pó e me agarrei nos solventes. Acho que porque aquela foi, até hoje, uma das minhas melhores experiências com drogas. Tenho certeza que é porque foi com ela.
Aquele dia ficou marcado em minha vida. Decidimos que tínhamos uma música, "Aquela", dos Raimundos. Também por causa desse dia, toda vez que ouço "Gimme Gimme", do Abba, me lembro dela.
Em um momento, tive um surto e saí correndo pela casa. Voltei a mim sem entender nada, e ela simplesmente apontou para mim e gritou: "TÁ CHAPADA!" O jeito dela, a voz dela, aquela coisinha espevitada que ERA ela, eram lindos. Nunca vou me esquecer.
Até porque foi a última vez que a vi como namorada. Minha mãe descobriu que ela levou lança-perfume para casa e me proibiu de vê-la.
Continuamos a nos ligar, mas nunca mais nos vimos. Era o mês de julho.
Paramos de nos ligar, M. estava bem mais envolvida com a namorada agora.
Então, em outubro nos encontramos por acidente. Ela estava com a namorada, e foi terrível. Chorei e chorei até conhecer meu ex-namorado.
Até hoje ele acha que ela é um homem. Sabe que eu gosto de mulheres, mas acha que M. é homem. E eu nunca tive coragem de me desmintir.
A última vez que a vi, em 2008, também foi pr acidente, e no dia do seu aniversário. Ela fazia 21 anos, e era o primeiro dia da primavera. Coversamos sobre pó e eu falei que ainda estava sem. Ela ficou realmente feliz. Falei que estava namorando, e ela ficou com ciúmes.
Na despedida, não pude deixar de dizer o quanto ela estava linda. Ainda era a minha sardentinha.
Hoje converso com M. pela internet, e ela ainda está com aquela garota. Mas sempre diz que ainda me ama e que sente saudades. Eu também sinto uma imensa falta dela.
Qualquer dia vou ligar, para ouvir a voz rouquinha dela. E sei que, se nos virmos, vamos ficar. Eu não me importaria com isso, muito pelo contrário, amaria, pois a garota que quero, é a rouquinha sardenta, a ruiva frustrada que pintava os cabelos de preto.
A garota que quero, é aquela que sabe viver como ninguém!
A garota que quero, é você, M.

domingo, 18 de julho de 2010

Ah, como quero!

Cigarros, vinho, choconhaque, violão, figuras de preto, minha amada e pó do bom.
Praça Eufrásio Correia, início de 2007.
Como sinto falta disso tudo!
Minha primeira amada, te quero!
Apesar de você alegar que, se ainda namorasse comigo, teria razões para chorar todos os dias, sei que você também me quer... Sinto isso no jeito com que ainda fala comigo.
Quero sua voz rouca, sua pele braquinha, cheia de sardas, seu cabelo macio, tingido de negro, o seu jeito espevitado de ser.
Saudades de você, amada!
M., você não faz idéia da falta que ainda me faz.
Quero você.
V.M.

Efetivamente, começando.

Após aquela pequena (e ridícula!) postagem de inauguração, apresento-me aqui efetivamente!
Hoje escrevo como mulher, mas posso, dependendo do momento, apresentar-me como homem também. Considero-me assexuada(o).
Não sou alguém fora do comum, tenho uma vida regular, amigos e família. Assim como qualquer pessoa, possuo anseios e perspectivas pessoais e, logicamente, não posso compartilhar qualquer um deles com os que convivem comigo. Agora faço isso através deste blog.
Tento fazer as melhores escolhas sempre, mas já cheguei à conclusão de que não consigo.
Por mais que tente me afastar de coisas que sei que me farão mal, falho. Sinto como se essas tentativas simplesmente afrontassem minha natureza.
Sinto-me mal, por, mesmo que essas pessoas não saibam, estar decepcionando minha família e amigos, que confiaram em mim mesmo depois de tantos erros.
Explicarei isso tudo melhor no futuro. Agora não tenho tempo!
Agradeço ao amigo que está me ajudando na criação deste blog. Ele não tem idéia de quanto está me ajudando, internamente mesmo.
Obrigada A.
Até mais a todos, até breve!
V.M.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Anseio Pessoal

Dou início a este blog compartilhando algo realmente inútil, meu anseio incessante de ser EU.
Esta foi a principal razão para a criação do mesmo e, constatando isso, me sinto realmente triste.
Minha idéia principal, ao criá-lo foi fazer um pseudônimo, uma "máscara". Então, cheguei à conclusão que, se o fiz para compartilhar algo que não posso divulgar na "vida real", aqui não visto uma máscara, o faço no dia a dia.
Não é o intuito deste blog ser "down", depressivo ou algo do gênero. O intuito é apenas... Falar.