"Uma mascara só encobre um rosto até que alguém aventure-se a arrancá-la."

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Eu já não sei mais...

Não sei mais o que fazer. Sinceramente.
As aulas da faculdade voltaram há duas semanas, e eu faltei quase todos os dias. Compareci em apenas duas aulas e, para piorar, ainda saí na metade de ambas.
Não baqueei, consegui segurar por causa dos meus amigos, que não deixaram. Mas cheirei denovo na segunda-feira.
Estava num estado de fissura deplorável. Fui beber na casa dos meus amigos e dei meu dinheiro para V., para que eu não tivesse como comprar pó. Comecei a beber e, juntamente, tomei dois anti-alérgicos fortíssimos. Estava mal, triste e só queria apagar, já que cheirar ou baquear seria impossível.
A fissura começou a crescer e a crescer, eu não parava de olhar pela janela. Para piorar, há uma boca de fumo bem na frente da casa dos meus amigos...
Não aguntei. "V, me dá meu dinheiro, por favor!"
Ele: "V.M., você não vai baquear na minha casa..."
Eu: "Não vou baquear, vou só cheirar!!"
Ele me devolveu o dinheiro. Os traficantes não tinham mais pó para venda, mas me deram um pouco (uns 5 reais) de graça, pois já me conhecem. Na hora adorei, mas, pensando bem, agora acho isso um tanto deplorável...
O pó reagiu de alguma forma com o antialérgico e a bebida, e eu AMEI o resultado! Fiquei bem, mas não atormentada, como normalmente fico com o pó. Fiquei... Em paz!
Dormi lá mesmo e no dia seguinte fiquei realmente mal. A depressão bateu como nunca. Meus amigos me pediram para comprar maconha para eles e, quando fui, o traficante falou que só tinha pó. Bateu a fissura, mas eu resisti. Minha amiga falou que estava muito orgulhosa de mim. Acho que foi isso o que me motivou a não cheirar naquele dia. Dormi atormentada e irritada.
Acordei na manhã de quarta e consegui comprar maconha para os meus amigos. Fumamos.
Me sinto estranha quando fumo maconha. Não é para mim... Toda vez que estou fumando, sinto-me extremamente burra e começo a pensar o quanto pó é melhor que aquilo. Fico introspectiva, mesmo quando todos estão rindo. Mas fumei à tarde e mais duas vezes à noite. Por mais que eu não goste, estranhamente isso me ajudou a afastar a fissura do pó... Finalmente fui para a minha casa.
Ontem estava disposta para ir à aula mas, novamente, não fui. Encontrei um amigo e fomos beber no bar. Mais três amigas chegaram. Decidimos não ir para a aula.
Bebemos mais e resolvemos ir à faculdade à noite, para ver a chuva de meteoros. Não vimos muitos, e quando já estávamos quase indo embora, chegou mais maconha. Fumei denovo e, novamente, fiquei me sentindo burra. Isso não é para mim. Pó é para mim.
Pelo menos descobri que, fumando, eu afasto um pouco a fissura.
Hoje eu VOU para a aula, sem falta, senão logo reprovo por faltas... O único problema é que não tenho mais vontade. Ficar sozinha tem me apavorado, eu só quero estar bem e com os meus amigos. Penso na longa noite que vou passar sozinha hoje, e me desespero. Não pode ser assim, eu preciso conseguir ficar sozinha... E preciso ficar longe do pó...
O cômico é que, quando consigo ficar longe, como nessa semana, já tenho pó puro encomendado para segunda-feira. Eu não quero, mas quero. É estranho.
Tenho certeza de que esse post foi confuso e esquisito... Me desculpem, mas não estou bem. Espero estar feliz logo, para poder fazer deste blog algo menos "down"...
Obrigada a todos!
V.M.

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