"Uma mascara só encobre um rosto até que alguém aventure-se a arrancá-la."

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Tempo relativamente pequeno. Excesso de informação.

Duas semanas se passaram desde a última postagem. É um tempo relativamente pequeno, mas a quantidade de informação contida nele me fez mal.
Passei uma semana fissurada na casa de meus pais, mas foi a segunda semana que me confundiu.
Voltei para casa, e M. veio me visitar, depois de três anos longe. Fiquei radiante, e no começo foi maravilhoso. Então ela simplesmete me trocou pela minha amiga. Incentivei as duas a ficarem, mas não esperava ser TROCADA. Bebi, bebi e bebi. Fiquei realmente destruída. Chorei escondida, e muito. Levantei a cabeça e me fiz de forte, mas a bebida não estava deixando. Implorei a atenção de M. de um jeito realmente patético, que não combina comigo. Não funcionou.
M. parou de cheirar há algum tempo e pediu para que eu parasse também. Eu havia concordado.
Após ter sido trocada, fiquei realmente brava, amargurada. Resolvi cheirar, só para desafiá-la. Se ela não se importava com os meus sentimentos, eu não me importaria com os dela e, de quebra, daria um "up". Cheirei.
M. ficou bravíssima e começou a me destratar. A "bad" começou a chegar, e eu a chorar. Me fechei no banheiro e chorei.
Saí de lá, novamente me fazendo de forte.
Todas as meninas foram dormir, e eu tive que deitar também. Fiquei a noite inteira acordada, sob o efeito do pó. Para piorar, era mesmo uma "bad". Finalmente dormi.
Acordei e o dia passou. Eu ainda estava atormentadíssima mas, novamente, fingi que estava bem.
A noite chegou e M. foi embora. Fui à casa dos meus amigos e houve a sugestão de mais pó. Aceitei na hora. Cheiramos a noite inteira. CINCO GRAMAS! No começo foi maravilhoso, mas chegou um momento em que eu só conseguia pensar na M. Sentei na área, chorei. Meu amigo veio conversar comigo. Quando o vi chegando, parei de chorar na hora, novamente me fazendo de forte. Conversamos e nunca senti tanta tranquilidade. Tive vontade de abraçá-lo e dizer o quanto ele é importante para mim, mas a MERDA do meu orgulho não deixou. Também conversei bastante com uma amiga que está em uma situação muito difícil. Ela me pediu ajuda e, de alguma forma, me senti completamente responsável por ajudá-la. E vou.
Chegou a manhã e, junto com ela, a vontade de morrer. Vontade e medo.
À noite teve uma festa. Eu cheirei mais.
Depois de quinta feira parei de cheirar, e a depressão veio. E como veio.
Chorei sem parar na sexta. Bebi sem parar no sábado. Saí andando à noite, sem rumo. Tive uma crise de pânico no meio da rua e me machuquei propositalmente. Pensei em suicídio mas, covarde como sou, não tive coragem.
Chorei o domingo inteiro, com um pensamento fixo.
Hoje de manhã roubei uma seringa do meu pai. Roubei bolas de algodão da minha avó. Roubei uma colher da minha colega.
Montei a seringa e guardei na bolsa, junto com os outros "apetrechos". Só estou esperando o momento certo. Seria tão ruim assim?
Tenho medo. Estou confusa.
Talvez, de alguma forma, o Baque me salve.
V.M.

3 comentários:

  1. O baque não vai te salvar.

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  2. me add no msn, para podermos conversar, temos muitas coisas em comum.

    weslley_allam@hotmail.com

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  3. Já está adicionado Weslley!
    É bom sentir que alguém pode nos entender...
    Obrigada!

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